Redução de iodo no sal pode diminuir casos de doenças
na tireoide
O Brasil era um dos poucos países a adotar a adição do nível máximo de iodo ao sal, como forma
de prevenir o bócio, doença caracterizada pelo aumento do
volume da glândula tireoide, também conhecida como “papo”.
Com as mudanças no padrão de vida e
de alimentação dos brasileiros, a necessidade dessa
complementação alimentar foi reconsiderada e os novos padrões determinados pela
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) reduzem o teor máximo
permitido de 60 para 45 miligramas por quilo.
Segundo o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os brasileiros consomem
em médio cerca de oito gramas de sal por dia. A organização Mundial da Saúde
(OMS) recomenda para populações que ingerem em torno de 10 gramas de sal por
dia que a iodação do produto seja na faixa entre 20 e 40 miligramas por quilo.
A ingestão excessiva desse nutriente pode desencadear, por exemplo,
o hipotireoidismo e o hipertireoidismo. Essas doenças autoimunes
resultam de uma espécie de defeito no sistema imunológico. O organismo passa a
reconhecer a glândula tireoide como um invasor e aciona a defesa do organismo
(anticorpos) para destruí-la.
O endocrinologista Rodrigo Fóscolo chama a atenção para o fato de que “O iodo não é um causador do processo, mas um acelerador”.
Professor do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina e chefe do
Serviço de Endocrinologia do Hospital das Clínicas da UFMG ele ensina que
analisar o histórico familiar é uma das formas de identificar essas doenças em
quem já tem predisposição.
Se há pessoas na família com problemas na tireoide,
há mais chances desse indivíduo também ter, principalmente as mulheres, adverte
Fóscolo, destacando que grande parte das doenças tireoidianas acomete mulheres.
“A redução da quantidade de iodo
no sal não significa que seu consumo esteja liberado”, adverte a nefrologista
Rosângela Milagres, também professora do Departamento de Clínica Médica da
Faculdade de Medicina da UFMG, chamando a atenção para a hipertensão.
A médica ensina que a maioria dos pacientes com
hiper ou hipotireoidismo são hipertensos, mas devido a sua resistência vascular
periférica. Outra substância, o sódio, do sal, atua no aumento da resistência
vascular, e que é o que eleva a pressão sanguínea.
ENTENDA MELHOR DISFUNÇÕES DA TIREOIDE
Causado pela tireoidite de Hashimoto, o
hipotireoidismo é uma inflamação que, aos poucos, pode destruir a glândula
tireoide. Dentre os sintomas, pele seca, intestino preso, batimentos cardíacos mais
baixos, lentidão mental. “A pessoa fica toda devagar, em câmara lenta” explica
Rodrigo Fóscolo. Porém, com o uso correto de medicamentos prescritos pelo
médico, o paciente pode recuperar os mesmos níveis de hormônio tireoidiano de
uma pessoa que não porta a doença. Já no hipertireoidismo, a glândula produz
hormônios em excesso, e seu tratamento pode ser até mais fácil. “Os sintomas
envolvem um comportamento mais acelerado, com o aumento de sudorese, coração
disparado, a pessoa fica agitada, hiperativa”, afirma a endocrinologista.
Faculdade de Medicina da UFMG
Belo Horizonte, 09/08/2013
Belo Horizonte, 09/08/2013
(Notícia publicada no Saúde Informa, da Faculdade de Medicina da UFMG)
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